Com eficiência Timão Vence e Continua na Ponta



Timão a todo vapor

O Timão começou com muito apetite, imprimindo um ritmo intenso. Encurralou o Atlético-PR e, em quatro minutos, já vencia por 2 a 0. O primeiro gol saiu aos dois minutos, numa arrancada de Willian pela direita. Em velocidade, ele deixou os marcadores para trás, passou para Liedson, que escorou para Paulinho. O volante limpou o lance, ajeitou para o pé esquerdo e chutou rasteiro. Renan Rocha não alcançou.

A Fiel ainda comemorava quando Danilo e Emerson combinaram boa jogada pela esquerda. O meia recebeu do atacante e devolveu. Sheik, de pé direito, acertou um chute forte de direita, rasteiro. Renan demorou a ir na bola e não pôde evitar o gol.

O volume de jogo corintiano era intenso. O Atlético, tonto, não conseguia sair do sufoco. As jogadas da equipe paranaense, todas centralizadas em Paulo Baier, não tinham sequência. Marcinho, isolado na esquerda, brigava com os defensores corintianos sem sucesso. Pela direita, Guerrón parecia estar em outro lugar. Desatento, era desarmado com facilidade.

Apesar de ter o adversário entregue à sua frente, o Timão não conseguiu “finalizar”. Passou a trocar passes, girando a bola de um lado para o outro, mas sem conseguir marcar. Não por falta de chances. Emerson e Weldinho, em chutes de fora, ameaçaram, mas mandaram por cima do gol. O primeiro tempo terminou com 11 finalizações corintianas e uma rubro-negra.
O Corinthians não matou o jogo e sofreu no segundo tempo. Logo aos três minutos, o Atlético-PR diminuiu, com Paulo Baier. Um gol irregular, aliás. Nieto, que saiu do banco para acordar o Furacão, fez jogada individual pela direita e cruzou. Julio Cesar cortou, e a bola sobrou para Paulo Baier, que chutou duas vezes para marcar. Baier estava adiantado no momento do cruzamento.
O Atlético-PR parecia outro. Mais objetivo, marcando bem e saindo em velocidade para atacar. Aos 12, Nieto, novamente, acertou um chute de longe. A bola explodiu no travessão e pingou perto da linha. Os atleticanos pediram gol, mas a arbitragem mandou o lance seguir.
Com o crescimento do adversário, os corintianos - que encheram o Pacaembu (37.157 torcedores) - passaram a pedir a entrada de Adriano, que estava no banco. O técnico Tite, porém, preferiu colocar Morais no lugar de Liedson. Houve quem o vaiasse.
O Timão tinha mais qualidade quando tinha a bola a seus pés, mas errava nas conclusões. O Furacão, por sua vez, era cirúrgico: chegava pouco, mas levava muito mais perigo. Aos 31, Paulo Baier recebeu pela meia direita e chutou rasteiro. Acertou o pé da trave direita de Julio Cesar. Um susto para os alvinegros.
Em seguida, Adriano foi chamado, para alegria da Fiel. Ele entrou na vaga de Willian. O Imperador, porém, não teve chance de mostrar muita coisa, apenas duas tentativas improdutivas de cabeçadas. O Timão passou a prender mais a bola em seu campo, buscando aplacar o ritmo do Atlético. Conseguiu. O time paranaense, tropeçando em suas próprias limitações, não voltou a ameaçar. Bom para o time da casa, que só administrou a vantagem.
Faltam quatro jogos para o Timão se manter na ponta e conquistar o pentacampeonato. Sentindo a proximidade do título, a Fiel cantou alto ao fim da partida.